Numa mesa de café se sentam três jovens senhoras. Uma, recém separada ainda rumina as reminiscências de seu último amor. Por que dói tanto quebrar, se dói mais ainda tentar colar? A segunda, ainda solteira, não se prende a nada nem a ninguém. Acha graça do romantismo e não se vê preparada para colar-se ainda. Liberdade é seu nome. Seu apelido – Independência. A terceira, muito bem casada consola as demais. Repete frases feitas que ouviu de sua mãe. Um dia, quando menos esperarem, esbarrarão no amor de suas vidas. Deu certo para mim, dará certo para vocês também.
Um expresso, um capuccino, um café com leite e três brownies. Pouca coisa converge essas três.
A divorciada se lamenta e recebe consolo. A solteira se gaba e recebe admiração. A casada, dá conselhos. Afinal, é a única que está realmente completa (ou não...)
A conta, por favor. Hora de ir para casa. Para os travesseiros frios, para a balada da hora e para aquecer o jantar. A primeira, abraça o travesseiro e deseja estar na balada. A segunda, enquanto se maqueia pensa se não seria bom ter para quem aquecer o jantar. A terceira... desiste de aquecer o jantar, pois o marido vai se atrasar novamente com o trabalho e resolveu pedir um subway no escritório. Vai para cama...abraçar seus travesseiros frios.
No fim, somos todas iguais.
Os textos que você vai encontrar aqui são feitos como seu café. Pode ser um ristretto ou um americano. Pode sair de uma prensa francesa ou de um coador de pano mineiro. Pode ser algo complexo para ser apreciado lentamente ou mais simples, para ser tomado às pressas, sem grandes pretensões. Amargo ou doce. O café pode ser bom ou ruim, mas será feito com atenção e carinho. Aceita um café?
Não generalize! rsrsrs
ResponderExcluirNo fim, sempre duvidamos das escolhas que fazemos.
ResponderExcluirAdorei seu blog.
Um grande abraço.